Mãe Antologia Mediúnica

Capítulo XV

Oração das mães



Senhor:

Abriste-me o próprio seio e confiaste-me os filhos do teu amor.

Não me deixes sozinha na estrada a percorrer.

Nas horas de alegria, dá-me temperança.

Nos dias de sofrimento, sê minha força.

Ajuda-me a governar o coração para que meu sentimento não mutile as asas dos anjos tenros que me deste; e adoça-me o raciocínio para que a minha devoção afetiva não se converta em severidade arrasadora.

Defende-me contra o egoísmo para que a minha ternura não se transforme em prisão daqueles que asilaste em meus braços.

Ensina-me a corrigir com amor, para que eu não possa trair o mandato de abnegação que depuseste em meu Espírito.

Nos minutos difíceis, inclina-me à renúncia com que devo iluminar o trilho daqueles que me cercam.

Senhor, auxilia-me a tudo dar sem nada receber.

Mostra-me os horizontes eternos de Tua Graça, para que os desejos da carne não me encarcerem nas sombras.

Pai, sou também tua filha!

Guia-me nos caminhos escuros, a fim de que eu saiba conduzir ao Infinito Bem os promissores rebentos de Tua Glória.

Senhor, não me desampares!

Quando a Tua Sabedoria exigir o depósito de bênçãos com que me adornaste a estrada por empréstimo sublime, dá-me o necessário desapego para que eu te restitua as joias vivas de meu coração, com serenidade e alegria; e quando a vida me impuser, em Teu Nome, o desprendimento e a solidão, reaquece minhalma ao calor de Teu Carinho Celeste para que eu venere a Tua Vontade para sempre.

Assim seja.