Mãe Antologia Mediúnica

Capítulo XXVIII

Poema de gratidão



Lembra-me, mãe querida, a glória que me deste,

A alegria do lar no lençol de cravinas,

A mesa, o livro, o pão e as canções cristalinas,

As preces de ninar, no humilde berço agreste.


Ao perder-te, no mundo, o carinho celeste,

Vendo-te as mãos em cruz, quais flores pequeninas,

Fui chorar-te, debalde, ao pé das casuarinas,

Buscando-te a presença entre a lousa e o cipreste!…


Entretanto, do Além, caminhavas comigo,

Vinhas, a cada passo, anjo piedoso e amigo,

Guardar-me o coração na fé radiante e calma;


Quando a morte veio expor-me à noite escura,

Solucei de alegria, em preces de ternura,

Em te revendo a luz, conduzindo minha’alma!…