Não me procures, mãe, sob o jazigo Que recobres de joias e açucenas!… Fita o campo das lágrimas terrenas, Levanta-te da lousa e vem comigo. Aqui, chora a viuvez amargas penas, Ali, geme a orfandade ao desabrigo, Ergamos para a dor um pouso amigo E as nossas dores ficarão pequenas!… Transformemos o luxo, mãe querida, Em consolo, agasalho, pão e vida, Na inspiração do bem que nos governa!… E seguiremos juntos, dia a dia, Convertendo a saudade escura e fria Em bendito calor de luz eterna. |