Mãe Antologia Mediúnica

Capítulo XXXIV

Sempre amor



Torno, ansioso, da morte à casa que deixara…

Os meus, o lar, o amor… eis tudo o que ambiciono.

Entro. Lá fora, o parque, a tristeza, o abandono…

Mormaço, plenilúnio, o vento, a noite clara…


Debalde grito, corro, observo, inspeciono…

Subo. Um morcego ronda a pequena almenara…

Nada. Ninguém me espera. A vida desertara.

Tudo silêncio e pó de tapera sem dono…


Sofro desilusão que o mundo não descreve,

Mas alguém abre a porta e me chama, de leve…

Fito pobre mulher… Na face, o olhar sem brilho…


Conheço-a!… Minha mãe!… Quanta saudade, quanta!…

Vem lembrar-me a rezar… Beijo-lhe as mãos de santa!…

Ela chora e repete: “Ah! meu filho! meu filho!…”