Gritava a nobre anciã, em rede morna e langue: — Bate, meu filho!… Zurze o chicote a preceito!… Um servo é igual ao boi que nasceu para o eito… E o filho, Dom Muniz, deixava o servo em sangue. Dos salões da fazenda ao derradeiro mangue, Esculpira a fidalga um carrasco perfeito. Mas vem a morte, um dia, e leva o filho eleito, A matrona pranteia e larga o corpo exangue… No Além, cai Dom Muniz em abismos de prova!… Aflita, a pobre mãe pede a Deus vida nova, Quer guardá-lo, outra vez, numa estrada sem brilho… Hoje, mulher sem lar, definha, a pouco e pouco, E, aos duros repelões de um jovem cego e louco, Roga, em pranto de amor: “Não me batas, meu filho!…” |
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1968 pela FEB e é a 50ª lição do livro “”