Asserena-te e vara a desventura No caminho de dor, áspero e azedo; Serenidade — o lúcido segredo Em que a vida se eleva e transfigura. Tudo cresce na força da brandura. A água desgasta os punhos do rochedo; Olha a chuva cantando no arvoredo, A transfundir-se em pão, bondosa e pura. De coração batido e lodo à face, Inda que o fel da injúria te traspasse, Semeia o bem que as mágoas alivia… Mesmo trazendo o peito por cratera, Suporta, ampara e crê, ajuda e espera, Que amanhã será sempre novo dia. |
ANDRADINA América DE Andrada e OLIVEIRA — Poetisa, contista, romancista, iniciou sua vida literária, quase menina, conforme afirma sua filha Lola de Oliveira em , escrevendo em inúmeros periódicos sul-riograndenses. Foi também teatróloga e aplaudida conferencista. Professora pela Escola Normal de Porto Alegre, com distinção em todas as matérias, a poetisa de lecionou em cursos particulares, em várias cidades gaúchas, depois de nove anos dedicados ao magistério público. Fundou um jornal literário feminino, , mais tarde transformado em revista ilustrada, e formou, segundo Antônio Carlos Machado, entre as maiores feministas brasileiras de sua época. De 1920 até à sua desencarnação, residiu na capital paulista. (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 12 de Junho de 1878 — S. Paulo, 19 de Junho de 1935.)
BIBLIOGRAFIA: ; , contos ; , contos; etc.
As poesias de números ímpares foram recebidas pelo médium Francisco Cândido Xavier e as de números pares pelo médium Waldo Vieira. Dispomo-las assim, por sugestão dos Amigos Espirituais.
onde. No Roteiro Literário do Brasil e de Portugal, vol. I, pág. 48, nota 5, lê-se: “onde: aonde. Nos melhores autores, antigos ou modernos, não se observa, em geral, a distinção entre onde e aonde que os gramáticos acham ser de rigor.”
Ler com sinérese: crian-ça.