Dei-te um berço de rendas e de flores, Adorei-te por nume excelso e amigo E inclinei-te, meu filho, a ser comigo Soberano de sonhos tentadores. Ordenava no orgulho que maldigo: — “Não te curves nem sirvas, aonde fores…” Entreguei-te mentiras por louvores E enganosa fortuna por abrigo. Hoje, de alma surpresa, torno a casa! Tremo ao ver-te no luxo que te arrasa, Como quem dorme em trágico veneno! E choro, filho meu, choro vencida, Por guardar-te entre os grandes toda a vida, Sem jamais ensinar-te a ser pequeno. |
Este soneto foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 8ª lição da 3ª parte do livro “”