Nós

Capítulo XIX

Quanto mais



“Quanto mais tiveres, mais ser-te-á acrescentado”, disse-nos o Senhor. (Mc 4:25) Para que lhe compreendamos o ensinamento vejamos a natureza.

Quanto mais repouso na enxada, mais amplo se lhe fará o assédio da ferrugem, conduzindo-a do descanso à plena inutilidade.

Quanto mais estanque o poço, mais envenenadas se lhe farão as águas, passando da inércia à letalidade completa.

Quanto mais abandonado o fruto amadurecido, mais profunda se lhe fará a corrupção, descendo à imprestabilidade.

Eis porque, a Lei estenderá as forças que exteriorizamos, à maneira da lavoura em cujas atividades cada semente produz em regime de multiplicação.

Quanto mais egoísmo — mais aviltamento.

Quanto mais repouso indébito — mais preguiça.

Quanto mais vaidade — mais aflição.

Quanto mais ódio — mais violência.

Quanto mais ciúme — mais desespero.

Quanto mais delinquência — mais remorso.

Quanto mais erro — mais reajuste.

Quanto mais desequilíbrio — mais sofrimento.

Quanto mais trabalho — mais progresso.

Quanto mais boa vontade — mais simpatia.

Quanto mais humildade — mais bênçãos.

Quanto mais bondade — mais triunfo.

Quanto mais serviço — mais auxílio.

Quanto mais perdão — mais respeito.

Quanto mais amor — mais luz.


Examina o que sentes e pensas, o que dizes e fazes, porque a Lei multiplicará sempre os recursos que ofereces à vida, restituindo-te compulsoriamente o bem ou o mal que pratiques, de vez que inferno ou Céu, alegria ou dor, facilidade ou obstáculo em nosso caminho, é sempre a Justiça de Deus a expressar-se conosco e por nós, conferindo-nos isso ou aquilo, de conformidade com as nossas próprias obras.