Em verdade, quando atingirmos o grande entendimento, prescindiremos dos refúgios de pedra para o serviço de adoração a Deus.
Perceberemos, nessa altura da romagem evolutiva, que a melhor demonstração de fé viva será sempre aquela a expressar-se em forma de serviço aos semelhantes, na sublimação de nós mesmos, e por isso encontraremos em nosso veículo de manifestação o templo mais adequado às nossas relações com o Pai Celestial.
Comecemos a prática renovadora, oficiando no culto à verdadeira fraternidade, e nossa existência, decerto, assumirá diferente feição, diante daqueles que nos rodeiam.
Consagremos o pensamento à grande compreensão que tudo dirige para o bem.
Dediquemos a visão às qualidades mais nobres dos companheiros de luta, com esquecimento de prováveis chagas e cicatrizes.
Ofereçamos ouvidos à boa palavra, guardando surdez para a maledicência e para a leviandade.
Devotemos o verbo ao esforço de elevação, estimulando a bondade e a harmonia.
Hipotequemos as mãos ao trabalho incessante, no desempenho dos próprios deveres.
Conduzamos os pés nas sendas da boa vontade para com todos.
E, assim procedendo, transformaremos nosso Espírito em altar vivo, resplendente de luz, retratando o brilho do Divino Amor para sempre.
Veneremos as casas religiosas, quaisquer que elas sejam, nelas identificando, por enquanto, o melhor que podemos fazer no campo da fé, mas não nos esqueçamos de que o santuário vivo do Pai Celestial fulgurar-se-nos-á no coração quando nos convertermos em leais instrumentos da Vontade Justa e Sábia do Cristo, nosso Mestre e Senhor.