Decerto que Jesus não reclamou prodígios dos seguidores.
Todos os ensinos do Mestre jazem resumidos no mandamento profundo: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo
Também a Doutrina Espírita, revivendo as lições do Senhor, não pede aos seus profitentes senão simplicidade e lealdade, serviço e amor na edificação do Reino de Deus.
Compreensível, no entanto, enumerar algumas inconveniências que o espírita é exortado a evitar, para contribuir com eficiência na Causa do Senhor:
isolar-se do mundo, sob a desculpa de não se contaminar com os vícios do mundo, quando se sabe claramente chamado em socorro dos homens, com a possibilidade e a obrigação de viver corretamente entre eles;
manejar os créditos morais que desfrute para auferir vantagens terrestres;
disputar honrarias;
não cooperar e criticar quem trabalha;
descurar-se do domínio de si mesmo;
jamais entender-se com aqueles que não lhe esposam as opiniões;
condenar os outros porque não lhe seguem os princípios, ao invés de ajudar-lhes o entendimento com bondade e discrição;
acreditar-se indene de erros;
trancar-se em si próprio, desconhecendo deliberadamente as provações dos semelhantes;
afligir-se mais pelas próprias vantagens que pelos encargos de elevação e beneficência que as circunstâncias lhe atribuem;
criar problemas e estimular a discórdia;
lastimar-se por falatórios e irritar-se por bagatelas;
desprezar os companheiros, ignorando-lhes os esforços;
jamais reconsiderar atitudes, exclusivamente por questão de prestígio individual, sem respeitar os interesses de equipe.
A obra do bem exige se mostre tudo aquilo que devemos fazer, mas, igualmente, expõe tudo aquilo que não se deve fazer.