Infeliz de quem segue mundo afora De coração cerrado à luz da vida.
Infortunado o espírito que chora Sem um raio de fé n’alma oprimida!...
Desventurado aquele que demora Na noite de aflição indefinida.
Consumindo a esperança de hora em hora Na descrença sem luz e sem guarida!...
Foi assim que busquei a morte escura, Penetrando o porta da sepultura, Louco de dor, em passos cambaleantes...
Mas, ao em vez de olvido, paz e nada Encontrei a mim mesmo noutra estrada, Triste só entre escombros fumegantes...
Arnold Souza