Deixa que a Dor te rasgue o peito, ao grito Da angústia extrema que te prende e enluta!
O buril que lacera a pedra bruta Guarda o poder tirânico e bendito.
Infortunado, mísero, proscrito, Segue, de pés sangrando, sob a luta, De fronte iluminada e face enxuta, Prelibando a grandeza do infinito...
Avança à frente, moribundo embora, Cultivando a bondade que aprimora, De alma oprimida a soluçar, de rastros...
Louva o crisol da desventura humana Que a Vida Pura reina, soberana, No roteiro mirífico dos astros.
CRUZ E SOUZA