Regressando, encantado, de outras rotas Em que a vida sublime se retrata, Quisera repetir a serenata Dos sóis, marcando sublimadas notas.
Ah! se eu pudesse descrever as frotas Dos mundos de ouro pelos céus de prata E o turbilhão da luz que se desata De resplendentes amplidões remotas!...
Mas, singela e sombria, a lira estala, Estraçalha-se o plectro da fala, Embora o anseio que se me agiganta...
E, no incêndio que lavra no meu peito, Somente encontro inútil verbo estreito Que me estrangula as cordas da garganta.
Luiz Delfino