Novos Horizontes

Capítulo X

Bezerra de Menezes



Adolfo Bezerra de Menezes, nascido em 29 de agosto de 1831, em Riacho Grande, Ceará, filho de Antonio Bezerra de Menezes e de Fabiana de Jesus Maria Bezerra.

Em 1851 matriculou-se na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, doutorando-se em 1856.

Ingressa em 1857 na Academia Imperial de Medicina assumindo como redator de 1859 a 1861.

Em 1858 casa-se com a Sra. Maria Cândida de Lacerda, que veio a desencarnar em 1863, deixando-lhe dois filhos. Ingressa nesse mesmo ano no Exército como cirurgião-tenente.

Em 1860 foi eleito Vereador à Câmara Municipal do Rio de Janeiro e reeleito em 1864. Contrai núpcias pela segunda vez em 1865 com a Sra. Cândida Augusta de Lacerda Machado.

Eleito Deputado Federal em 1867, retorna à Câmara Municipal de 1873 a 1881, por mais duas legislaturas. De 1878 a 1881 foi Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. De 1882 a 1885 foi reeleito Deputado Federal.

Em 16 de agosto de 1886, aderiu publicamente ao Espiritismo.

De 1887 a 1894 sob o pseudônimo de Max, participou com publicações no periódico O PAIZ, dirigido por Quintino Bocaiuva.

Foi Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889 e de 1895 a 1900.

Em 11 de abril de 1900 desencarna Dr. Bezerra de Menezes. Dados extraídos do Livro “Bezerra, Chico e Você. Edição GEEM”.


Festival de Amor ao Próximo


Mensagem de 18.12.1993


Irmã Yolanda, o Senhor nos ilumine sempre.

Assumi a obrigação de vir ao seu encontro e ao encontro dos seus cooperadores e irmãs abnegadas, no Lar Oficina de sua criação, sob a proteção de Jesus. Venho agradecer-lhe o Festival de Amor ao Próximo que realizaste na paz do Senhor Jesus. Foi Ele mesmo que disse: “Vinde a mim todos vós que sofreis e vos aliviarei.” (Mt 11:28)

Entendemos que o Divino Mestre não prometeu solução total dos problemas de quem sofre, porquanto, afirmou: “Eu vos aliviarei.” (Mt 11:28)

Temos de reconhecer o Divino Servidor, como sendo o precursor da anestesia. Em verdade, não podia Ele derrubar as Leis do Criador, diante do sofrimento humano. Asseverou que aliviaria as provações de quantos se lhe apresentassem, rogando amparo e bênção.

E nos fizestes recordar na noite última que a dor dos que a experimentam não podia ser erradicada de imediato, mas que a Misericórdia Divina suaviza. Por essa mesma razão é nosso dever minimizar as provas e amargores de quantos se abeiram de nós, exibindo as chagas e aflições dos sofrimentos.

E honorificando o Sublime Aniversariante destes dias, puderam os amigos queridos aliviar o infortúnio de quantos se acham ainda agrilhoados às provações que eles próprios, de certo modo, foram autores nas estâncias do passado, que se foi, mas sem apagar as marcas das nossas próprias ilusões e desequilíbrios.

Desejo dizer que nos cabe respeitar a dor e a necessidade onde apareçam, mas fazendo quanto se nos faça possível para cumprir os estatutos na misericórdia das leis de amor, das quais foi Jesus o mensageiro.

Reunistes os caros irmãos, incluindo-me igualmente entre os necessitados, todos aqueles que injustamente se consideram desprezados por Deus, quando nos reconhecemos todos na posição de devedores perante a Justiça Divina.

Tantos são os companheiros que se reajustam no Mundo Físico que, de certo modo, parece-nos um grande mostruário de aflições e de lágrimas!


E vimos e abraçamos:

os filhos da penúria material;

os infelizes que se acham revoltados e, às vezes, cruéis na incompreensão das leis que nos regem;

os aleijados do raciocínio que trazem o cérebro doente, face às declarações e ações lamentáveis a que se entregaram em época remota ou recente;

os enfermos do corpo que choram, no silêncio, a inconformação que lhes vai no espírito, sem se deterem a pensar nos excessos que abraçaram em outras situações;

os desesperados com a perda de filhos queridos, resgatando o martírio que impuseram nas malhas da delinquência;

os que se sentem encurralados nos problemas de solução difícil, sem imaginar que foram responsáveis pela queda de muitos irmãos com as maquinações lastimáveis em que envolveram pessoas dignas, lançando-as a descrédito injusto;

os que abusaram das próprias faculdades no veículo físico e agora carregam consigo os prejuízos de semelhantes atitudes;

todos os que jazem emaranhados na carência dos mínimos recursos para viver confortáveis e felizes, por culpa da prodigalidade indébita em que consumiram a tranquilidade dos próprios pais… Todos eles, quanto ocorre a mim mesmo, se sentiram aliviados pelo trabalho que efetuaram, dia por dia, na escola do lar em que sediaram o bendito Lar Oficina.


Todos devedores, quanto eu mesmo, no entanto, todos necessitados de amor e consolo para se fortalecerem e se curarem.

Indubitavelmente, que as queridas irmãs e os prezados companheiros algo poderiam fazer, de modo a diminuir as provas que abraçaram para si mesmos. E agradecemos à irmã Yolanda, ao seu coração amigo e ao coração de quantos se lhe uniram ao esforço para ajudar e, com o seu tirocínio, tivemos o festival do amor ao próximo que ontem se nos fez mais um passo para com o nosso Divino Mestre.

O serviço que desenvolveram atingiu às próprias crianças nascituras, ainda resguardadas nos ventres maternos. Aqui estou, pequenino trabalhador da Seara do Bem, para dizer-lhes: Muito obrigado!

Muito obrigado, irmã Yolanda, pelas suas horas de reflexão e sacrifício, para que a nossa festa fosse o melhor de nós mesmos. Irmã Yolanda, compreendemos a sua luta e pessoalmente nos sentimos satisfeitos em repetir no silêncio de seu coração:

Querida irmã, Deus a recompense. Também eu estou entre os beneficiados da promoção de paz e amor que realizaram e repetimos, juntamente de nosso querido Augusto, as nossas palavras de gratidão:

Muito obrigado! Deus a recompense sempre e que todos nós, uns com os outros, possamos exclamar, de alma aberta à luz do Eterno Bem: — Louvado seja Deus!