Distribui do teu dinheiro Socorros daquilo ou disso Mas espalha, sobre tudo A bênção do teu serviço. Alguém te enxovalha? Esquece. Ampara a quem te magoa. O bem puro e invariável, É força que aperfeiçoa. O tempo eleva-te os passos Mas se não queres subir, O tempo jamais te impede A vocação de cair. Quem do palácio faustoso Aos pobres humilha e arrasa Renascerá de futuro No quintal da própria casa. Controla-te e serve mais Se a cólera te domina. Moderação e trabalho São gênios da medicina. Onde há fogo surge fumo Exclama velho rifão. Mas há quem visite o incêndio No esforço da salvação. Seguindo o Mestre que amamos, A quem te fere e injuria Perdoa setenta vezes Sete vezes cada dia. Onde há fala sem proveito Sofre o tempo escárnio e furto, Onde a conversa é comprida O serviço é sempre curto. Alivia com bondade A dor alheia ferida. Toda verdade imprudente Alarga os males da vida. Se a tormenta está rugindo Continua calmo e brando. Não olvides na viagem Que Jesus está velando. |