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Páginas de fé

Capítulo XIX
Ilustração tribal

Nossas obras



Nossas obras são os sinais que endereçamos ao mundo que nos cerca.

Por elas, criamos no círculo em que vivemos pensamentos, palavras e ações que, por força da Lei, reagem sobre nós, deprimindo-nos ou levantando-nos, iluminando-nos o coração ou obscurecendo-nos a mente, segundo o bem ou o mal em que se estruturam.

Não te esqueças de que a nossa trajetória entre as criaturas fala silenciosamente por nosso espírito.

Não é preciso tenhamos o verbo a desarticular na exposição desvairada do sofrimento, para recebermos a cooperação de companheiros, porque, se a nossa plantação de simpatia e trabalho está bem tratada, a assistência espontânea do próximo vem, de imediato, ao nosso encontro.

Por outro lado, não é necessário mergulhar a palavra nas alegações brilhantes do desculpismo, para inocentar-nos à frente dos outros, porque, se as nossas obras não são recomendáveis, a própria vida, na pessoa dos nossos semelhantes, nos relega a transitório abandono, a fim de que, na consequência purgatorial de nossos próprios erros, venhamos a curtir provações amargas que nos restaurarão o equilíbrio, à maneira de remédio [preciosos e] salutar.

Não olvides que os [nossos] atos são as legítimas expressões do nosso idioma pessoal, no campo do mundo.

Faze o bem e a luz sorrirá em tua alegria. Faze o mal e a sombra se te expandirá das próprias lágrimas.

Disse Jesus: — “pelos frutos os conhecereis” (Mt 7:16) — e, consoante os princípios que nos regem a luta, as nossas próprias obras falarão por nós, à frente da Humanidade, decretando-nos a ascensão ou a queda, a bem-aventurança ou a aflição.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)


O conteúdo acima, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], consta de uma mensagem publicada no Reformador em abril de 1956 e pelo em 1993, é a 5ª lição do livro “”.