“… E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.” — JESUS (Mt
Nem sempre conseguimos perceber.
Os processos obsessivos, bastas vezes porém, principiam de bagatelas:
O olhar de desconfiança…
Um grito de cólera…
Uma frase pejorativa…
A ponta de sarcasmo…
O momento de irritação…
A tristeza sem motivo…
O instante de impaciência…
A indisposição descontrolada…
Estabelecida a ligação com as sombras por semelhantes tomadas de invigilância, eis que surgem as grandes brechas na organização da vida ou na moradia da alma:
A desarmonia em casa…
A discórdia no grupo da ação…
O fogo da crítica…
O veneno da queixa…
A doença imaginária…
A rede da intriga…
A treva do ressentimento…
A discussão infeliz…
O afastamento de companheiros…
A rixa sem propósito…
As obsessões que envolvem individualidades e equipes quase sempre partem de inconveniências pequeninas que devem ser evitadas, qual se procede com o minúsculo foco de infecção. Para isso dispomos todos de recursos infalíveis, quais sejam a dieta do silêncio, a vacina da tolerância, o detergente do trabalho e o antisséptico da oração.
(Reformador, setembro de 1969, p. 148)