Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Capítulo CCVI

Lei do auxílio



Anotemos o impositivo do auxílio nas múltiplas faixas de ação da natureza.

Árvores não produzem sem base no solo. Fontes não correm sem leito.

Edifícios não se erguem sem os materiais que se lhes ajustem ao plano de construção.

Doentes não se curam sem o socorro que se lhes faça imprescindível.

Os Amigos Espirituais, em verdade, poderão realizar muito em resposta às petições e necessidades dos companheiros encarnados; todavia, muito pouco ou talvez nada lograrão efetuar sem recolherem, para esse fim, algum auxílio deles mesmos.

Dar-lhes-ão a paz; entretanto, solicitam concurso na sustentação da harmonia.

Ajudá-los-ão a solucionar os problemas que lhes cruciem a mente; contudo, rogam-lhes paciência e compreensão, bondade e tolerância, de maneira a não complicá-los.

Inspirá-los-ão na cura das moléstias que lhes aborreçam o corpo físico; no entanto, aguardam-lhes a observância dos tratamentos e regimes, abstenções e medicações que se mostrem aconselháveis.

Ampará-los-ão na melhoria da existência, até mesmo na aquisição e extensão de recursos materiais; todavia, pedem-lhes serviço e diligência, com senso de economia e dedicação ao trabalho.

Auxílio se levanta invariavelmente nos alicerces da cooperação, segundo os princípios da troca.

Por essa razão, advertiu-nos Jesus: “Dai e dar-se-vos-á.” (Mt 7:12)

Sirvamos ao próximo, quanto nos seja possível, e alguém nos servirá.

Abençoemos e seremos abençoados.

Colaboremos na manutenção da tranquilidade, e a tranquilidade morará conosco.

Valorizemos os outros e os outros nos valorizarão.

Quem recebe deve dar, e quem dá deve receber. Nos fundamentos divinos que presidem o relacionamento humano, em matéria de auxílio, esta é a lei.




(Reformador, fevereiro de 1976, página 34)