“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.” — JESUS (Mt
“Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.” —
Milhões de nós outros, — os Espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, — somos almas enfermas de muitos séculos.
Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.
Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.
Nas perturbações do egoísmo: “faze aos outros o que desejas que os outros te façam.” (Mt
7: )12 Nas convulsões dá cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.” (Lc
21: )19 Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.” (Lc
18: )14 Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.” (Mt
18: )3 Na paralisia de espírito por falsa virtude: “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.” (Mt
23: )11 Nos quistos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.” (Mt
5: )44 Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.” (Jo
8: )32 Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.” (Mt
18: )22 Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.” (Mt
5: )44 Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.” (Mt
16: )24
Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo:
— “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.” (Mt
Sim, somos Espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.