“E Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados para ver o fim.” — (Mt
O fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas.
A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do Cristianismo.
Enquadrar-se-ia a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis?
Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância.
O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas.
Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo.
Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e “assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”.
Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios.
Todos os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e chorarão amargamente.