“E chegando ao lugar chamado Gólgota que se diz: Lugar da Caveira.” — (Mt
É importante que Jesus haja fornecido seu derradeiro ensinamento, na passagem pela Terra, no cimo de um monte que se intitulava vulgarmente “Lugar da Caveira”.
Circunstância quase nunca comentada pelos discípulos, ela indica uma paisagem de poderosas sugestões mentais.
É que o homem, na recapitulação de cada existência, defronta numerosas estações com finalidades específicas.
Na primeira infância, encontra um lugar de mimos e brinquedos; na meninice um departamento de noções iniciais; na juventude, um caminho de preparação; na idade maior, uma senda de esforço e realização própria.
Assim também, todas as posições da estrada evolutiva indicam estações com objetivos definidos.
O trabalho é um lugar destinado à aquisição de experiências nobilitantes; a saúde física e a satisfação no mundo constituem oportunidade para obtenção de temperança, como a dor e a escassez são zonas de vida espiritual, em que as virtudes mais santas podem ser encontradas.
Todas as situações são lugares em que o Pai observa o comportamento reto ou condenável dos filhos.
É possível que o homem não transite por grande número delas, em uma só existência terrestre, mas Jesus, dando-nos a entender a responsabilidade de cada um, ao termo de cada etapa da obra eterna, revelou às criaturas que ninguém poderá escapar à estação de partida, onde todo homem se mostrará plenamente.
Para isso deixou ao mundo a poderosa lição do Lugar da Caveira. Esse é um lugar comum para todas as criaturas humanas.
E a continuidade da vida, além, será o reflexo das tarefas efetuadas.