Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Capítulo VIII

Auxílio eficiente



“E abrindo a sua boca os ensinava.” — (Mt 5:2)


O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.

Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.

Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.

Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.

E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.

A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.

O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.

O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.

De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.

Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo. Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.

Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.

Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.