Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Capítulo XCIII

Autoauxílio



Saibamos improvisar bondade e apreço a benefício daqueles que nos cercam, ainda mesmo nas manifestações aparentemente insignificantes da vida.

Uma saudação afetuosa, a frase articulada com brandura, a ligeira informação doada com a alegria de ser útil ou diminuta parcela de solidariedade não constituem auxílio tão somente para aqueles que as recebem, mas também para aqueles que as formulam.

O impacto do agradecimento alheio se define por ondas confortativas e balsâmicas em nosso favor, tanto quanto o azedume ou o desconforto que tenhamos provocado em alguém retornarão para nós em forma de espinhos magnéticos, dilacerando-nos os tecidos da alma ou dilapidando-nos as forças.

Ninguém precisa recorrer à hipocrisia para assegurar o culto da gentileza. Bastar-nos-á praticar respeito e consideração para com a liberdade do próximo, no veículo da paciência, a fim de resguardarmos saúde e tranquilidade contra duelos e feridas mentais inúteis.

Auxiliemo-nos, auxiliando a harmonia dos outros!… Ninguém vive construtivamente sem contato com os semelhantes, mas isso não é tudo. Precisamos igualmente de tato para servir e aprender, melhorar e conviver.




(Reformador, julho de 1968, p. 146)