“Não saiba a tua mão esquerda o que deu a direita”. (Mt
Não se inteirem os teus adversários gratuitos daquilo que fazes, sob a inspiração da fraternidade e da justiça.
Não se informe o mal, acerca do bem que praticas.
Não invoque a leviandade ao círculo de teu dever que deve ser bem cumprido.
Não busque poeira para a água cristalina.
Não te associes à perturbação para a sementeira da harmonia.
Jesus não se reportava somente à humildade, no ensinamento a que nos referimos. Destacava também a prudência e a ponderação, assinalando a riqueza do silêncio, que nos compete usar, nas menores lutas da vida, em favor do êxito de nossas próprias tarefas.
Lembra-te de que os problemas se estendem ao infinito…
Cada ser, cada criatura, cada consciência possuem necessidades diferentes entre si.
A caridade para com o instrutor não é a mesma que devemos prestar ao aprendiz e a assistência ao homem enfermo não é igual a que nos cabe dispensar ao homem robusto.
A essência do bem é una em suas raízes fundamentais, mas os seus métodos de manifestação variam infinitamente.
Guardemos, pois, o ensinamento da mão direita que deve trabalhar sem a intromissão da esquerda e adotemos o silêncio por soberana medida de equilíbrio, na sementeira de felicidade, em nosso próprio benefício.
(Reformador, fevereiro de 1953, página 26)