No íntimo d’alma, variadas vozes se fazem constantemente ouvir.
Diz a vaidade — “Todas as vantagens são tuas”.
Diz o orgulho — “Deves ser admirado e obedecido”.
Diz a maldade — “Teu irmão é perverso”.
Diz o desânimo — “Nada serve”.
Diz o desregramento — “A liberdade é teu privilégio exclusivo”.
Diz a sombra — “Tudo está em falência ao redor de teus passos”.
Diz a amargura — “Receberás o insulto e a pedrada pelo bem que fizeres”.
Diz a revolta — “Não te humilhes”.
Diz a mentira — “Tudo está errado”.
Diz a ingratidão — “O mundo é imprestável”.
Diz a descrença — “Glória aos ímpios!”
Diz o prazer — “Quero contentamento e repouso”.
A voz de Jesus, porém, é imperiosa na consciência do aprendiz.
Observa o Senhor: “Arrepende-te e crê e, se quiseres encontrar a luz, na ressurreição divina, nega a ti mesmo, toma a cruz do testemunho constante no bem e segue-me os passos.”
Há profunda diferença entre as solicitações do mundo e as vozes do Amigo celestial. Quem tiver ouvidos de ouvir, escute-as com o coração, enquanto é tempo de semear.
(Reformador, novembro 1951, página 265)