“Estende a tua mão. E ele a estendeu e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra.” — (Mc
Em todas as casas de fé religiosa, há crentes de mãos estendidas, suplicando socorro… Almas aflitas revelam ansiedade, fraqueza, desesperança e enfermidades do coração.
Não seremos todos nós, encarnados e desencarnados, que algo rogamos à Providência Divina, semelhantes ao homem que trazia a mão seca?
Presos ao labirinto criado por nós mesmos, eis-nos a reclamar o auxílio do Divino Mestre… Entretanto, convém ponderar a nossa atitude.
É justo pedir e ninguém poderá cercear quaisquer manifestações da humildade, do arrependimento, da intercessão. Mas é indispensável examinar o modo de receber.
Muita gente aguarda a resposta materializada de Jesus.
Esse espera o dinheiro, aquele conta com a evidência social de improviso, aquele outro exige a imediata transformação das circunstancias no caminho terrestre…
Observemos, todavia, o socorro do Mestre ao paralítico.
Jesus determina que ele estenda a mão mirrada e, estendida essa, não lhe confere bolsas de ouro nem fichas de privilégio. Cura-a. Devolve-lhe a oportunidade de serviço.
A mão recuperada naquele instante permanece tão vazia quanto antes.
É que o Cristo restituía-lhe o ensejo bendito de trabalhar, conquistando sagradas realizações por si mesmo; recambiava-o às lides redentoras do bem, nas quais lhe cabia edificar-se e engrandecer-se.
A lição é expressiva para todos os templos da comunidade cristã.
Quando estenderes tuas mãos ao Senhor, não esperes facilidades, ouro, prerrogativas… Aprende a receber-lhe a assistência, porque o Divino Amor te restaurará as energias, mas não te proporcionará qualquer fuga às realizações do teu próprio esforço.