“Atentai vós que ouvis…” — JESUS (Mc
Frequentemente lastimamos enganos de que somos vítimas ou deploramos obstáculos com que não contávamos, absolutamente desvinculados de advertências edificantes que nos enriquecem a alma.
Esperamos que amigos nos evitem aborrecimentos, que instrutores nos garantam o passo…
As leis que nos regem, contudo, se expressam por evolução, crescimento, disciplina, responsabilidade.
Uma criança, nos primeiros tempos da experiência física, decerto contará com o amparo materno ou com o auxílio de pajens dedicados, a fim de equilibrar-se nos próprios pés; todavia, o tempo desenvolver-lhe-á entendimento e forma, situando-a na idade da razão.
Chegada a esse ponto a criatura já não pode refugiar-se no regaço alheio para obter apoio e condução.
Colocada entre os adultos, que gravitam em torno de interesses variados, é compelida a defrontar-se com os problemas que lhe digam respeito, de modo a resolvê-los, com vistas à própria sublimação espiritual.
Imperioso, dessa forma, que não se renda culto à desatenção nos caminhos da vida. Nos menores e maiores acontecimentos do cotidiano é preciso saibamos analisar, de raciocínio sereno, que sugestões edificantes a fé nos proporciona ou que lições vivas a experiência nos traz.
Imaginemos alguém atravessando a via pública sem a menor consideração para com os avisos do trânsito, ou contraindo dívidas sem a mínima ideia de que responderá pelos próprios atos. Claramente que, por fim, esbarrará com desastre e insolvência.
Assim também na vida moral.
Ninguém vive acertadamente sem ponderação, equilíbrio, discernimento, autoexame. Reflitamos em nossos compromissos, deveres, tarefas, necessidades.
Para que nos premunamos contra disparate e imprudência, Jesus foi persuasivo, exortando-nos pelos apontamentos de Marcos: “Atentai vós que ouvis.”