“… O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra…” — JESUS (Mc
“Ânimo, trabalhadores! Tomai dos vossos arados e das vossas charruas; lavrai os vossos corações; arrancai deles a cizânia; semeai a boa semente que o Senhor vos confia e o orvalho do amor lhe fará produzir frutos de caridade.” —
Para considerar a importância do trabalho, relacionemos particularmente algumas das calamidades da inércia, no plano da natureza.
A casa longamente desabitada afasta-se da missão de albergar os que vagueiam sem teto e, em seguida, passa à condição de reduto dos animais inferiores que a mobilizam por residência.
O campo largado em abandono furta-se ao cultivo dos elementos nobres, necessários à inteligência na Terra e transforma-se, gradativamente; em deleitoso refúgio da tiririca.
O poço de águas trancadas foge de aliviar a sede das criaturas, convertendo-se para logo em piscina de vermes.
O arado ocioso esquece a alegria de produzir e, com o decurso do tempo, incorpora em si mesmo a ferrugem que o desgasta.
A roupa que ninguém usa distancia-se da tarefa de abrigar quem tirita ao relento e faz-se, pouco a pouco, a moradia da traça que a destrói.
O alimento indefinidamente guardado sem proveito deixa a função que lhe cabe no socorro aos estômagos desnutridos e acaba alentando os agentes da decomposição em que se corrompe.
Onde estiveres, lembra-te de que a vida é caminhada, atividade, progresso, movimento e incessante renovação para o Bem Eterno.
Trabalho é o infatigável descobridor. Transpõe dificuldades, desiste da irritação, olvida mágoas, entesoura os recursos da experiência e prossegue adiante.
Quem persevera na preguiça, não somente deserta do serviço que lhe compete fazer, mas abre também as portas da própria alma à sombra da obsessão em que fatalmente se arruinará.