E ele lhes disse: por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao vosso coração? — JESUS (Lc
Para a inquirição do Senhor aos discípulos a quem demonstrava a sobrevivência, não encontraríamos realmente uma resposta aceitável, porque o abatimento e a perturbação quase sempre resultam da inconstância na fé.
O objetivo que atingiremos na senda evolutiva inclui, hoje ou amanhã, o domínio de nós mesmos, guardando-nos o coração tranquilo e imperturbável.
E, enquanto experimentamos o suor das tarefas que nos honram o “hoje”, é preciso aceitar de frente todas as circunstâncias, para que não desmereçamos o ideal superior que nos alimenta os sonhos.
Fenômenos infelizes ou sucessos amargos não nos devem toldar o clima de esperança.
Resguardados na fé que nos emoldura os passos, estejamos desassombrados e valorosos perante todas as ocorrências que nos envolvem as horas.
Perturbar-se é render-se à névoa da invigilância. Apavorar-se é cair sob o domínio das sombras.
Mantenhamos o coração sereno, firme e forte, em qualquer emergência escura, pois os minutos próximos são incógnitas constantes para o nosso raciocínio humilde e fragmentário.
Não nos deixemos abater ante as lutas da marcha.
Se trazemos conosco a fé, a paz ser-nos-á o escudo amigo e invulnerável.
Assim, que as aflições jamais nos amedrontem, porquanto, muitas vezes, qual sucedeu um dia aos amigos do Mestre, a surpresa que surge, a trazer-nos espanto, é somente a visita da mensagem do Céu em talentos de amor e tesouros de luz.
(Reformador, fevereiro 1958, página 43)