“Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando.” — JESUS (Jo
Aspirando ao título de amigos do Senhor, urge não lhe perdermos as instruções.
Imbuídos de entusiasmo, somos pródigos em manifestações exteriores, quanto a esse propósito, acrescendo notar que quase todas elas se caracterizam por alto valor indutivo.
Esforçamo-nos por estudar-lhe palavras e atitudes; e, claramente, não dispomos de quaisquer recursos outros para penetrar-lhes o luminoso sentido.
Administramos conselhos preciosos, em nome dele, sem que nos seja permitido manejar veículo mais adequado às circunstâncias, a fim de que irmãos nossos consigam encontrar a direção ou o caminho de que se mostram carecedores.
Escrevemos páginas que lhe expressam as diretrizes; e não nos cabe agir de outro modo para que se nos amplie, na Terra, a cultura de espírito.
Levantamos tribunas, em que lhe retratamos o ensino pelo verbo bem-posto, sendo necessário que assim procedamos, difundindo esclarecimentos edificantes que nos favoreçam a educação dos sentimentos.
Realizamos pesquisas laboriosas, ajustando as elucidações inspiradas por ele aos preceitos gramaticais em voga, competindo-nos reconhecer que não existe outra via senão essa para fazer-lhe a orientação respeitada nas assembleias humanas.
Entretanto, isso não basta. Ele mesmo não se limitou a induzir.
Demonstrando a própria união com o Eterno Bem, consagrou-se a substancializá-lo na construção do bem de todos.
Em verdade, podemos reverenciar o Cristo, aqui e ali, dessa ou daquela forma, resultando, invariavelmente, alguma vantagem de semelhante norma externa; mas, para sabermos como usufruir-lhe a sublime intimidade, é forçoso lhe ouçamos a afirmação categórica: “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando.”
(Reformador, maio 1963, p. 98)