Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Capítulo CXCIX

No quadro real



“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.” — JESUS (Jo 17:14)


Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembleias do engano voluntário.

O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.

O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É “sal da Terra”, (Mt 5:13) força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.

A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:

“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (Mt 16:24)

“Amai vossos inimigos. (Mt 5:44)

“Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)

“Bendizei os que vos maldizem. (Lc 6:28)

“Emprestai sem nada esperardes. (Lc 6:35)

“Não julgueis para não serdes julgados. (Lc 6:37)

“Entre vós, o maior seja servo de todos. (Mt 23:11)

“Buscai a porta estreita. (Lc 13:24)

“Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos. (Mt 10:16)

“No mundo, tereis tribulações.” (Jo 16:33)


Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime d’Ele sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.

Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.