Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Capítulo III

Fermento verbal



Aprendamos a sentir com amor, a fim de que venhamos a pensar com justiça e a falar para o bem.

O próprio assegura que “no princípio era verbo”. (Jo 1:1)

Depois do amor e da justiça do Criador, apareceu a expressão verbal como fermento vivo da Criação.

Em todos os avisos da caridade não nos esqueçamos da boa palavra que socorre e ilumina sempre.

Para usá-la com segurança, não é preciso assumas posição compulsória de santidade, transformando a frase em látego de chamas sobre os enganos que ainda entenebrecem o roteiro do próximo.

Basta que a tua diligência no bem se faça incessante.

À frente do comentário calunioso, lembra alguma virtude da criatura visada pela chuva injustificável de lodo e lama.

Perante as anotações do desânimo, fala acerca das esperanças do Céu que ainda não apagou o sol com que nos clareia o caminho.

Diante da delinquência, recorda a Misericórdia Celestial que a todos nos provê de recursos para o pagamento das próprias faltas.

Ante a irritação e a crítica, não pronuncies o venenoso apontamento que dilacera à distância, mas sim procura algum fato ou alguma lição em que a pessoa reprovada encontre alívio e consolo.

Sobretudo, auxilia aos ausentes que não podem cogitar da própria defesa.

Lembra-te de que todo aquele que hoje desaprova os outros contigo, amanhã te desaprovará também diante dos outros.

Guarda-te contra a insinuação maledicente que supõe encontrar serpente e lagarto, pedra e espinho no roteiro dos semelhantes e, procurando o bem sem desfalecer, através da boa palavra constante, atingirás o rio abençoado da simpatia, em cuja corrente límpida alcançarás o porto da paz, com a vitória de tuas esperanças mais belas, então convertidas em verdadeira felicidade na 5ida Superior.




(Psicografado em 1956, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.)