Aprendamos a sentir com amor, a fim de que venhamos a pensar com justiça e a falar para o bem.
O próprio assegura que “no princípio era verbo”. (Jo
Depois do amor e da justiça do Criador, apareceu a expressão verbal como fermento vivo da Criação.
Em todos os avisos da caridade não nos esqueçamos da boa palavra que socorre e ilumina sempre.
Para usá-la com segurança, não é preciso assumas posição compulsória de santidade, transformando a frase em látego de chamas sobre os enganos que ainda entenebrecem o roteiro do próximo.
Basta que a tua diligência no bem se faça incessante.
À frente do comentário calunioso, lembra alguma virtude da criatura visada pela chuva injustificável de lodo e lama.
Perante as anotações do desânimo, fala acerca das esperanças do Céu que ainda não apagou o sol com que nos clareia o caminho.
Diante da delinquência, recorda a Misericórdia Celestial que a todos nos provê de recursos para o pagamento das próprias faltas.
Ante a irritação e a crítica, não pronuncies o venenoso apontamento que dilacera à distância, mas sim procura algum fato ou alguma lição em que a pessoa reprovada encontre alívio e consolo.
Sobretudo, auxilia aos ausentes que não podem cogitar da própria defesa.
Lembra-te de que todo aquele que hoje desaprova os outros contigo, amanhã te desaprovará também diante dos outros.
Guarda-te contra a insinuação maledicente que supõe encontrar serpente e lagarto, pedra e espinho no roteiro dos semelhantes e, procurando o bem sem desfalecer, através da boa palavra constante, atingirás o rio abençoado da simpatia, em cuja corrente límpida alcançarás o porto da paz, com a vitória de tuas esperanças mais belas, então convertidas em verdadeira felicidade na 5ida Superior.
(Psicografado em 1956, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.)