A Carta aos Romanos é, desde cedo, considerada um dos escritos mais importantes do Novo Testamento. Tertuliano, Marcião, Clemente, dentre outros, a conhecem e citam-na. Lutero a considera o escrito mais importante e, sobre ela, Calvino escreveria que “quem a compreendeu, recebe precisamente com ela a chave para todas as câmaras secretas do tesouro da Sagrada Escritura”.
É uma das cartas de Paulo que mais faz referências ao Antigo Testamento, traz a maior relação de nomes de colaboradores e saudações, incluindo o de Tércio, a quem possivelmente Paulo ditou esta carta (Rm
Registra, ainda, a base de um dos grandes debates teológicos sobre a justificação pela fé (Rm
Destinatários e saudações. | Rm
Gratidão é desejo de visitar a comunidade em Roma. | Rm
Paulo se sente devedor de gregos e bárbaros, sábios e ignorantes. | Rm
Tema da epístola: viver pela fé. | Rm
A justiça de Deus. | Rm
Responsabilidade de todas as pessoas perante Deus. | Rm
Advertência aos judeus. | Rm
A vantagem de ser judeu. | Rm
Tanto judeus como gregos se equivocam. | Rm
A manifestação da justiça de Deus. | Rm
Abraão tornou-se justo por sua fé. | Rm
Recompensa por ser justo. O papel de Jesus no desenvolvimento do homem justo. | Rm
Adão e seu erro comparado com Jesus e sua retidão. | Rm
Necessidade da mudança. A vida com o Cristo. | Rm
Ser justo onde quer que estejamos. | Rm
Limites de atuação da lei judaica. | Rm
Característica e função da lei judaica. | Rm
Dificuldades existentes no cumprimento da lei judaica. | Rm
Não há mais condenação para os que vivem de acordo com o que Jesus ensinou e realizou. | Rm
Todos são filhos de Deus. | Rm
Sofrimento presente e recompensa e alegria futuras. | Rm
Deus age para o bem dos que o amam. | Rm
Se Deus é por nós, quem será contra? | Rm
O que Paulo sente sobre os equívocos do povo de Israel. | Rm
Desejo de Paulo em relação ao futuro do povo de Israel. | Rm
O povo de Israel não foi repudiado por Deus. | Rm
Adverténcia contra a soberba dos gentios. | Rm
Todo o povo de Israel será salvo. | Rm
O culto espiritual. | Rm
Necessidade da humildade e da caridade. | Rm
A caridade deve ser para todos, mesmo para os inìmigos. | Rm
O respeito e a submissão às autoridades do mundo. | Rm
A caridade é a plenitude da lei judaica. | Rm
O cristão deve ser um foco de luz. | Rm
Necessidade da caridade para com os mais fracos. | Rm
Os fortes devem carregar a fragilidade dos fracos. | Rm
Necessidade de esperança e perseverança. A consolação virá. | Rm
A tarefa de Paulo. | Rm
O projeto de viajar até Roma. | Rm
Saudações e recomendações - primeira parte. | Rm
Adverténcia. O mal será esmagado. | Rm
Saudações e recomendações - parte final. | Rm
Tércio como escrevente da epístola. Louvor final. | Rm
Roma é a capital do Império, fundada em torno de 750 a.C. A comunidade cristã existente não foi fundada por Paulo e ele não a conhecia quando a carta é escrita.
Sua origem pode apoiar-se tanto em judeus, levados até a capital do Império, quanto por romanos, que recolheram a mensagem do Evangelho na Galileia, Judeia ou Samaria. Lembremos que, em At
Não há, praticamente, nenhuma contestação séria sobre a autoria atribuída a Paulo de Tarso. Ele está em Corinto, provavelmente na casa de Gaio, preparando-se para empreender uma viagem até Jerusalém, a fim de levar recursos angariados para aquela comunidade. Informado da situação na comunidade de Roma, redige uma carta que deveria precedê-lo e contribuir para diminuir os conflitos que surgiram.
As datas que tratam da redação incluem o ano de 55 como o mais antigo e o de 58 como o mais tardio.
Romanos é uma carta que trata de divergências surgidas no seio de uma comunidade, formada por pessoas com diferentes históricos e perspectivas religiosas, acerca de elementos da prática e da crença. É uma carta de especial importância, não só pela longa e cuidadosa exposição de vários temas que estariam na origem das comunidades cristãs, como também pela forma pela qual os conflitos surgidos, dentro dessas igrejas, deveriam ser considerados e tratados. Para a atualidade das comunidades cristãs, constitui um atual e importante apelo à concórdia, à fé e a uma prática cristã que se aproxime do exemplo de Jesus.
De acordo com Emmanuel, em Paulo e Estêvão, a Epístola aos romanos foi escrita quando o Apóstolo dos Gentios estava em Corinto. A carta teria o propósito de preparar a sua chegada à capital do Império, e, por isso, durante alguns dias, ele trabalhou nesse documento, de modo que ele recapitulasse a doutrina consoladora do Evangelho e também referências a todos os trabalhadores de que Paulo já-tivera notícias naquela cidade.
A portadora da carta foi uma grande colaboradora de Paulo no porto de Cencreia, que teria que viajar a Roma para visitar alguns familiares.
Emmanuel também confirma a importância dessa carta quando narra a chegada de Paulo preso à cidade de Puteólli. Um velhinho chamado Sexto Flacus foi até a hospedaria humilde onde ele estava, informando que a cidade possuía, há muito, uma comunidade onde várias cartas do Apóstolo dos Gentios eram lidas, dentre elas a escrita aos Romanos, da qual ele trazia uma cópia, guardada com especial carinho pelos confrades.
A Epístola aos romanos representa um importante marco na história do Cristianismo. Escrita já na maturidade de Paulo, destinada a uma comunidade existente na capital do Império, demonstra a universalidade do Evangelho, cuja prática e aplicação alcançam todas as dimensões da vida humana. Seus ensinos ecoam pelos séculos, nos fazendo lembrar que, para além de todas as artificiais e transitórias divisões que podem surgir nos agrupamentos humanos, o Evangelho, como proposta libertadora, nos une e orienta, nos consola e esclarece, aguardando, de nós, as disposições de agir e servir, cooperando com a difusão da luz onde quer que estejamos.