Os aspectos que geraram mais controvérsia acerca desta carta são, justamente, os que derivam do ponto menos esperado: suas vinculações com a Primeira Carta aos Tessalonicenses.
Em 2 Tessalonicenses, o tema da vinda de Jesus é retomado, aparentemente, de uma perspectiva diferente. Enquanto na primeira carta à comunidade de Tessalônica Paulo parece indicar que a vinda de Jesus está muito próxima, aqui ela é apresentada como mais distante.
Muito embora os debates gerados tenham levado a um quase consenso dos estudiosos atuais em relação a esta não ser uma carta de Paulo, Marcião, Inácio e Ireneu conhecem e citam este escrito como sendo de Paulo.
Saudação e destinatários. | 2ts
Reconhecimento e gratidão pelo trabalho da comunidade. | 2ts
Recompensas aos membros da comunidade pelas dificuldades sofridas. | 2ts
Oração pelos membros da comunidade. | 2ts
Sobre a vinda de Jesus. | 2ts
Exortação à perseverança. | 2ts
Pedido de oração. | 2ts
A confiança que Paulo tem nessa comunidade. | 2ts
Advertências contra a desordem. | 2ts
Exortação à prática do bem e atitude para com os desobedientes. | 2ts
Bênção final e despedida - selo de autenticidade da carta. | 2ts
As informações sobre a comunidade foram apresentadas na .
Muito embora existam testemunhos internos na carta, como a saudação de próprio punho (2ts
A questão da datação está intimamente relacionada com a autoria. Para os que defendem uma autoria não paulina, as datas englobam os anos de 70 a 100, com predominância do período de 80 em diante. Para os que aceitam a autoria paulina, é preciso considerar uma proximidade dos dois escritos, o que levaria a redação a ser do período 50 ou 51.
Em relação ao local de origem, os problemas são ampliados. Isso porque alguns manuscritos trazem a inscrição de Atenas como local de redação. Por isso, as propostas contemplam não só esta cidade, como também Roma, Éfeso, algum lugar da Macedônia ou da Ásia Menor.
O primeiro comentário feito por Emmanuel a esta epístola é bastante esclarecedor, não só do ponto de vista do reconhecimento da autoria e dos destinatários, mas também pelo seu caráter espiritual. Elucida, o benfeitor, que a afirmativa de Paulo de que a fé não é de todos, possui uma aplicação válida não só na antiguidade como na atualidade. Tanto ontem como hoje, há os que intentam apropriar-se dos princípios cristãos, unicamente pelas manifestações exteriores, esquecendo-se que a internalização da Boa-Nova exige esforço e discernimento, trabalho e testemunho. É natural, portanto, que para estes a presença do Cristo permaneça ainda no campo das expectativas distantes, uma vez que não preparam o campo íntimo para Sua chegada. Para eles, o tempo da vinda ainda não é agora. Ao contrário, para os que souberam buscar pelo esforço, pelo trabalho e pela abnegação e pela caridade a conquista da fé legítima, a presença do Mestre é constante em suas vidas. Para estes o tempo é agora.