“Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?” — PAULO (1co
Na edificação espírita-cristã auxiliemos cada companheiro a perceber o valor do esforço que se lhe atribui.
Nunca será demais repetir que todos, encarnados e desencarnados, atendendo aos interesses da própria evolução, na obra da Doutrina Espírita, funcionamos em equipe, visando a um fim — a consolidação do bem geral.
Cada tarefeiro é situado no lugar certo, para a cooperação exata.
Este retém a palavra vibrante, aquele conserva com mais segurança o senso da direção, outro escreve de modo convincente, outro ainda, com mais propriedade, fornece a energia curadora… Há quem se responsabilize pela escola, pelo conforto moral, pela assistência aos necessitados, pela enfermagem da alma…
Todo trabalho a fazer, quanto ocorre a cada peça de determinado engenho, é de suma importância. Em razão disso, não existem privilégios ou distinções na construção da Espiritualidade Superior.
O colaborador requestado à produção de fenômenos espetaculares ou aos efeitos brilhantes da inteligência, não é maior que o obreiro encarregado de lenir feridas ou suprimir aflições na retaguarda.
O apóstolo Paulo, em se reportando ao assunto, articulou esta feliz expressão: “Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?”
Os olhos não substituem os ouvidos e nem as mãos tomam para si os deveres dos pés; contudo, trabalham todos, interligados, em proveito da personalidade real.
Aprendamos com a Natureza e, sustentando-nos na posição que nos é própria, aprimoremos, quanto possível, a nossa capacidade de servir, reconhecendo sempre que a seara do bem pertence ao Senhor.
(Reformador, abril 1965, página 74)