Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Capítulo CXXI

Qualificação espírita



“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” — PAULO (1co 13:1)


Adotando a caridade por base de todas as suas aspirações e instituições, o espírita evangélico em tudo patenteia as marcas do caráter cristão de que dá testemunho.

É por isso que se mostra:

justo sem rigorismo;

sincero sem agressão;

paciente sem preguiça;

digno sem orgulho;

generoso sem desperdício;

previdente sem avareza;

alegre sem abuso;

entusiasta sem imprudência;

simples sem afetação;

correto sem frieza;

fervoroso sem dogmatismo;

indulgente sem leviandade;

afetuoso sem ciúme;

humilde sem baixeza;

sensível sem pieguice;

brando sem subserviência;

enérgico sem dureza;

tolerante sem exagero;

altruísta sem pretensão.


Informado de que fora da caridade não há salvação () e compreendendo que salvar, essencialmente, significa livrar de ruína ou perigo, dá-se o espírita à divina virtude, desde o mais singelo recurso da beneficência até o mais profundo traço do próprio caráter, demonstrando ao mundo, conforme os preceitos do Cristo, que, se as boas obras constituem a educação da caridade, os bons exemplos formam a caridade da educação.




(Reformador, maio 1967, página 98)