Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Capítulo CXCVII

Evolução e felicidade




Não esperavas talvez que expressões espetaculares te marcassem na Terra os processos de vivência humana.

E, muitas vezes, nós mesmos destacamos a disparidade entre as vitórias do raciocínio e as conquistas do sentimento.

Filósofos lamentam as distâncias entre a ciência e o amor.

Ainda assim, acima de nossos próprios pontos de vista, anteriormente expendidos, somos forçados a considerar que os domínios de um e outro são muito diferentes.

Onde os eletrocardiógrafos capazes de medir o grau da dedicação dos pais pelos filhos? Onde os computadores que nos traduzam em número e especificação as doenças suscitadas pelo ódio? Como encontrar as máquinas que possam frenar, entre os povos, os impulsos da guerra e da delinquência? Em que prodigioso supermercado adquirir exaustores das paixões que, na Terra, enquanto encarnados, tanta vez nos devastam a alma, inclinando-nos à loucura ou ao suicídio? E onde, por fim, surpreender as engrenagens que nos mantenham, aí no mundo, com serenidade e equilíbrio, frustrando-nos as lágrimas, quando apertamos, em vão, entre as nossas, as mãos desfalecentes das criaturas queridas que se despedem de nós, antecedendo-nos, na viagem da morte?


Não te apaixones pelo progresso sem amor.

De que te valeria palmilhar, por meses e meses, um deserto formado em pepitas de ouro, sem a bênção da fonte, ou residir num palácio sem luz?

Atende à evolução para aperfeiçoar a vida, mas cultiva a fé e a paciência, a humildade e a compreensão que te balsamizem o espírito, porque não existe felicidade sem amor e não existe amor, sem responsabilidade, fora das Leis de Deus.