“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos…” — PAULO (Gl
Muita gente só admite auxílio eficiente, quando o dinheiro aparece. Entretanto, há serviços que o ouro não consegue remunerar.
Há vencimentos justos para os encargos do professor; todavia, ninguém pode estabelecer pagamento aos sacrifícios com que ele abraça os misteres da escola.
Existem honorários para as atividades do médico; no entanto, pessoa alguma logrará recompensar em valores amoedados o devotamento a que se entrega o missionário da cura, no socorro aos enfermos.
Não se compra estímulo ao trabalho.
Não se vende esperança nos armazéns.
O sorriso fraternal não é matéria de negócio.
Gentileza não é artigo de mercado.
Onde a vida te situe, aí recolherás, todo dia, múltiplas ocasiões de fazer o bem.
Nem sempre movimentarás bolsa farta para mitigar a penúria alheia, mas sempre disporás da frase confortadora, da oração providencial, da referência generosa, do gesto amigo.
O apóstolo Paulo reconhece que, às vezes, atravessamos grandes ou pequenos períodos de inibições e provações, pelo que nos recomenda: “enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”; contudo, mesmo nas circunstâncias difíceis, urge endereçar aos outros o melhor ao nosso alcance, porque segundo as leis da vida, aquilo que o homem semeia, isso mesmo colherá.
(Reformador, fevereiro 1963, página 26)