Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Capítulo CCCIII

Glorifiquemos



“Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre.” — PAULO (Fp 4:20)


Quando o vaso se retirou da cerâmica, dizia sem palavras:

— Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez.


Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio:

— Bendito seja o malho que me deu forma.


Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no palácio, exclamava, sem voz:

— Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, preparando-me a beleza.


Quando a seda luziu, formosa, no templo, asseverava no íntimo:

— Bendita seja a feia lagarta que me deu vida.


Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu, apressada:

— Bendita a terra escura que me encheu de perfume.


Quando o enfermo recuperou a saúde, gritou, feliz:

— Bendita seja a dor que me trouxe a lição do equilíbrio.


Tudo é belo, tudo é grande; tudo é santo na casa de Deus.

Agradeçamos a tempestade que renova, a luta que aperfeiçoa, o sofrimento que ilumina.

A alvorada é maravilha do céu que vem após a noite na Terra.

Que em todas as nossas dificuldades e sombras seja nosso Pai glorificado para sempre.