Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Capítulo CCCLXIII

Aprendamos, no entanto…



“Medita estas coisas, ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.” — PAULO (1tm 4:15)


Em muitas reencarnações passadas, adotamos igualmente a estranha maneira de muitos dos nossos irmãos, vinculados hoje ao Cristianismo, cujo comportamento religioso a vida reajustará; qual aconteceu a nós outros.

Buscávamos o Evangelho e pregávamos o Evangelho, atendendo a sentido demagógico.

Queríamos o Cristo para que o Cristo nos servisse.

Cultivávamos a oração, pretendendo subornar a Justiça Divina.

Compartíamos demonstrações e expressões de fé, à caça de vantagens pessoais, no imediatismo das gratificações terrestres.

À face disso, temos entrado múltiplas vezes no renascimento físico e atravessado os pórticos da reencarnação, carreando a consciência pesada de culpas, à maneira de aposento recheado de lixo e sucata da experiência humana, incapaz de se abrir ao sol da Bondade Divina.

O apóstolo Paulo, no entanto, escrevendo a Timóteo — ele que foi o campeão impertérrito da fé viva — traça a diretriz que nos é necessária, à frente das lições do Senhor.

Após valiosa série de considerações sobre os princípios evangélicos, nas quais persuade o companheiro a ler, instruir, exortar e exemplificar em boas obras, pede não apenas para que o amigo e aprendiz medite nas doutrinas que aceita, mas recomenda-lhe aplicar-se a elas, a fim de que o aproveitamento pessoal dele seja manifesto a todos.

A assertiva de Paulo não deixa, dúvidas.

Quanto nos seja possível, estudemos as lições do Senhor e reflitamos em torno delas. Aprendamos, no entanto, a praticá-las, traduzindo-as em ação, no cotidiano, para que a nossa palavra não se faça vazia e a nossa fé não seja vã.




(Reformador, maio 1964, página 100)