Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Capítulo VI

As três escolhas



O discípulo apresentou-se ao orientador cristão e indagou:

— Instrutor, em sua opinião, qual é a lei que englobaria, em si todas as Leis de Deus?

O interpelado respondeu:

— A Lei do Bem.

— Entretanto — acrescentou o aprendiz — quem diz “lei” refere-se a clima de ação que todos devemos observar.

— Isto mesmo.

— Nesse caso, onde ficaria o livre-arbítrio?

O orientador meditou alguns momentos e considerou:

— O livre-arbítrio é concedido a todas as criaturas conscientes, porquanto, “a cada Espírito será dado o que lhe cabe receber, conforme as próprias obras.” (34:11) O Criador, porém, não é autor de violência. Por isso, até mesmo ante a Lei do Bem, a pessoa humana dispõe de três opções distintas. Poderemos segui-la, parar na senda evolutiva, de modo a não segui-la, ou afastarmo-nos dela pelos despenhadeiros do mal.

— Instrutor amigo, esclareça, por obséquio, a que resultados nos levam as três escolhas referidas?

O mentor aclarou, com serenidade:

— Os que observam a Lei do Bem se encaminham para as Esferas Superiores; os que preferem descansar em caminho, por vezes se demoram muito tempo na inércia, retomando a marcha com muitas dificuldades para a readaptação às tarefas da jornada; e os que se distanciam voluntariamente, nos resvaladouros do desequilíbrio, muitas vezes, gastam séculos, presos nos princípios de causa e efeito, até que, um dia, deliberem aceitar a própria renovação… Compreendeu?

O aprendiz fez leve movimento afirmativo e começou a pensar.