“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças.” — (Ap
Sempre vulgares as aquisições de custo fácil.
Nada difícil ao homem comum perseguir as possibilidades financeiras, aliciar interesses mesquinhos, inventar mil recursos para atingir os fins inferiores; entretanto, os que adotam semelhante norma desconhecem o caráter sagrado do mais humilde patrimônio que lhes vai às mãos, abusando da posse para sentirem-se, depois, mais empobrecidos que nunca.
A recomendação divina é suficientemente clara.
Para que um homem se enriqueça, deve adquirir o ouro provado no fogo, fortuna essa que procede das mãos generosas do Altíssimo.
Somente essa riqueza espiritual, adquirida nas situações de trabalho árduo, de profunda compreensão, de vitória sobre si mesmo, de esforço incessante, conferirá ao Espírito a posição de ascendência legítima, de bem-estar permanente, além das transformações impostas pelo sepulcro, e apenas levará a efeito tão elevada conquista após entregar-se totalmente ao Pai para a grandeza do Divino Serviço.
O homem mobilizado pelo homem poderá, sem dúvida, receber volumosos salários. Convenhamos, porém, que esses bens se transformam sempre ou algum dia serão transferidos a outrem pelo detentor provisório. No entanto, quando o trabalhador gasta suas possibilidades nos trabalhos do bem, com esquecimento do egoísmo, desinteressado de si próprio, colocando acima dos caprichos da personalidade os objetivos da Obra de Deus, lutando, amando, sofrendo e entregando-se a Ele, adquire, indiscutivelmente, o ouro eterno e intransferível.