“Mas a sabedoria que vem do Alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos…” — (Tg
Encontrarás a frase brilhante, repontando de toda a parte.
Empregam-na cientistas eméritos, articulando as interpretações que lhes vêm à cabeça, tomam-na filósofos variados para a exaltação dos princípios que esposam, usam-na os sofistas de todas as procedências para expressarem as ideias que lhes são próprias, apossam-se dela artistas diversos, colorindo as criações que lhes fluem da alma; entretanto, é preciso recebê-la na pauta do discernimento justo.
Há frases seguras e primorosas, ocultando imagens repelentes, assim como tecidos de ouro e pérolas, escondendo o monturo.
Examina o campo que te fornece alimento verbal.
Seja na escrita de mãos hábeis ou na fala de pessoas distintas, assinala o que recolhes.
A inspiração do Alto nasce na fonte dos sentimentos puros, busca a edificação da paz, através do equilíbrio e da afabilidade para com todos, manifesta-se no veículo da compreensão fraternal, exprimindo misericórdia, e produz bons frutos onde esteja.
Não te enganes com discursos preciosos, muita vez desprovidos de qualquer sinal construtivo.
É possível não consigas identificar, de pronto, as intenções de quem fala; entretanto, podes observar os resultados positivos da ação de cada conversador. E pelos frutos que pendem na árvore da vida de cada um, sabes perfeitamente a escolha que te convém.
Reformador, janeiro 1961, p. 3 e 4.