“Está alguém entre vós aflito? Ore.” (Tg
A maioria das pessoas inquietas pede alívio, apressadamente, como se a consolação real fosse obra de improviso, a impor-se de fora para dentro.
Se tens fé, meu amigo, aprende a orar nas situações difíceis. Toda aflição tem uma causa. Não é preciso, porém, que o médico ou o sacerdote venha indicá-la aos teus olhos.
Geralmente, nossas angústias se radicam em nossa própria leviandade no trato com a vida, quando não procede de reprováveis deslizes nas existências anteriores. Se o erro é de hoje, reparemo-lo, enquanto respiramos no caminho daqueles que ofendemos; se as sombras chegam de ontem, demonstremos coragem e valor moral, desfazendo-as, através do trabalho perseverante no bem.
Se a inquietação te bate à porta, busca a prece e medita. Amigos espirituais, benfeitores de tua paz íntima, acudirão em teu socorro, inspirando-te o roteiro a seguir, com palavras consoladoras e reconstrutivas, em forma de pensamentos santificantes.
Humilhaste alguém? Solicita desculpas e corrige o erro impensado.
Credores atormentam-te? Habitua-te a comer e vestir, de acordo com as tuas possibilidades e paga os teus débitos com paciência.
O desânimo absorve-te o coração? Lembra-te de que o tédio é um insulto à fraternidade humana, porque a dor e a necessidade, a tristeza e a doença, a pobreza e a morte não se acham longe de ti.
Há muito trabalho por fazer, além dos teus muros felizes. Ajusta-te ao ideal de servir por amor, sem espírito de recompensa e as tuas horas estarão repletas de abençoado serviço aos semelhantes. De qualquer modo, nas aflições, não atires a tua cruz sobre os companheiros de tarefa. Ora, com serenidade, examina-te à claridade da verdadeira justiça e busca solucionar os problemas que te inquietam, usando os recursos divinos que o Senhor confiou a ti mesmo.