Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas Universais e ao Apocalipse

Capítulo LXXXI

Quando a prova chegue



“Porque melhor é que padeçais fazendo o bem…” — 1Pe 3:17.


Quando a prova chegue para testar-te a serenidade e a fé, recorda aqueles que atravessam dificuldades maiores que as tuas, mantendo confiança na vida e calma no sofrimento, ainda quando penúria e morte, calúnia e abandono lhes visitam o coração.

Observa que a inconformidade e o azedume nunca se converteram em vantagens para ninguém.

Se o desânimo te acena, ainda mesmo de longe, afasta-te dele, porque o desânimo nada mais consegue fazer que paralisar-te as mãos e enregelar-te os sentimentos.

Medita nas aflições que explodirão por tua causa naqueles que te cercam, se te entregares à irritação ou ao desalento.

Soma as bênçãos que já recebeste da Providência Divina, a fim de que não venhas a cair no delito da ingratidão.

Reconheçamos que o socorro espiritual é sempre mais difícil onde haja tumulto.

Anotemos que, em sanidade de espírito, somos compelidos a reconhecer que a violência nunca favorecerá a chegada do apoio de que estejamos necessitados.

Se obstáculos aparecem, lembremo-nos de que o trabalho no bem de todos é o processo de mais facilmente extingui-los.

Compreendamos que unicamente cooperando na paz dos outros é que o concurso da paz virá ao nosso encontro.

Quando a prova nos alcance o círculo pessoal, recorramos à oração, entendendo que a oração nem sempre alterará os acontecimentos em torno de nós, mas sempre nos renovará por dentro; iluminando-nos o coração a fim de que saibamos trilhar o caminho seguro do nosso próprio aperfeiçoamento para a sublimação, ante as Leis de Deus.