“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu…” — (1Pe
Forçoso consideres o valor da tarefa em tuas mãos.
Ela se define por mandato do Alto, desígnio de Deus em ti e junto de ti.
Indubitavelmente, é preciso nos acomodemos à convicção de que nada somos e nem realizamos sem Deus. Isso, porém, não nos exonera da obrigação de anotar o sentido particular das responsabilidades que nos foram concedidas.
De modo algum desejamos induzir-nos à hipertrofia da personalidade, quando tudo nos determina a extinção da vaidade e do orgulho. Reflete, entretanto, nos créditos individuais de que a Providência Divina te enriqueceu.
Qual ocorre às impressões digitais que te identificam, a tua voz é diferente de todas as demais; as tuas mãos guardam peculiaridades distintas; enxergas e ouves com recursos mentais de interpretação absolutamente diversos de todos aqueles que povoam o cérebro alheio e mostras vocação de que outros não dispõem.
Consideremos tudo isso para reconhecer que nos foi atribuída a cada um determinada área de ação, na qual o serviço que se nos designa, uns à frente dos outros, se reveste da maior significação tanto para aqueles a quem nos cabe servir quanto para nós.
Pondera, assim, na importância das obrigações que a vida te confere, observando que Deus te esculpiu como não esculpiu a mais ninguém.
Reformador, março 1970, p. 50.