Natal!… A Terra festeja. Alegria em tanta gente!… É o regresso de Jesus Sobre um mundo diferente. Há linda estrela na rua. Será Belém na cidade? É imenso bojo brilhando Em luz de eletricidade. Grandes corpos se aproximam Dos templos pregando amor… Não são animais amigos, São máquinas a motor. Nos ares, faróis cintilam, Modificando a paisagem; Não são peças de outros mundos, São aviões de passagem. Aparecem sons estranhos Entre as vozes cristalinas; São apitos estridentes De chaminés e buzinas. Doentes formulam preces Em remansosos locais; Não são vales de abandono, São refúgios e hospitais. Há muita penúria ainda, No entanto, estradas afora, A caridade prossegue Reconfortando a quem chora. Ruge a guerra, por enquanto, Tentando grupos e povos; Entretanto, do progresso Vão surgindo tempos novos. Tiranos inda aparecem Fazendo enormes ruídos, Flagelam comunidades Mas logo são esquecidos. De toda calamidade Eis que renasce a esperança; As trevas caem vencidas, O mundo progride e avança. Natal!… A fé se renova… Clama o Céu que se descerra: — “Louvor a Deus nas Alturas E paz aos homens na Terra!…” Natal!… E todos cantamos… Tocados de nova luz: — “Jesus reina!… Jesus vence!… Louvado seja Jesus!…” |