Eis o Natal brilhando novamente… Sob as lembranças em que me aprofundo, Revejo-te, Jesus, sobre a palha singela No Grande Alvorecer, iluminando o mundo. Torno a escutar os anjos e os pastores Na divina canção que o tempo nos descerra: — “Glória a Deus nas Alturas, paz aos homens, Boa vontade para toda a Terra!…” Parece-nos reter na estrela inesperada A resposta de Deus à profecia, Enviando às nações a Lei do Amor Em celestes mensagens de alegria. Os séculos passaram, muitas vezes Vendo o império da morte em lutas fratricidas; No entanto, quanto mais a treva surge e passa, Mais dominas, Senhor, em nossas vidas. Sabemos nós que a inteligência humana, Senhoreando agora a ação de nobres gênios, Arma novo conflito em que se apaguem Os ódios e ambições de passados milênios… Entretanto, no mundo, o amor se estende, O progresso do bem se espalha e avança, Unem-se os templos para a mesma fé, A caridade é luz de socorro e esperança. O Natal reaparece… A Terra inteira Renova-se ao clarão de Sol renovador. E cantamos, Jesus, sentindo-te a presença: — Louvado seja Deus! Bendito seja o amor!… |