Palavras da Coragem

Capítulo XXI

Petição do servidor



Senhor Jesus!

Esta é a casa que nos deste por tua bênção.

Auxilia-nos a encontrar dentro dela não apenas um abrigo de pedra e cal, mas, acima de tudo, o teu próprio coração em forma de lar, pulsando de amor.

Construíste-nos um santuário.

Clareia-nos a fé.

Ergueste-nos uma escola.

Conduze-nos à lição.

No trabalho, sê nosso guia.

Em nossa debilidade, sê nossa força.

Ante o esplendor desta hora que só a ti pode ser tributado, debalde procuro palavras para exprimir-te gratidão, porque apenas encontro as lágrimas de alegria que me vertem do peito.

Ainda assim, Mestre, imploro engrandeças a todas as mãos que se entrelaçaram, generosas, para que o nosso templo se levantasse, em teu nome!

Na emoção que me comprime a alma toda, sinto-te a presença invisível no amor em que nos reúnes; nos amigos abnegados que nos sustentam a luta; nas irmãs valorosas que nos acalentam as esperanças, amparando-nos os sonhos que hoje se realizam; no devotamento dos jovens que nos emprestam confiança e carinho e na doçura das crianças que te refletem a divina simplicidade, apontando-nos o futuro!

Sinto-te como quando passavas na Terra, junto de nós!…

E rogo, mais uma vez, ilumines a todos os corações que nos partilham os cânticos de louvor!

E, quanto a mim, que sou nesta casa o último dos últimos — servo a quem tudo tens dado e que nada te deu ainda — trazido pelos amigos para algo dizer-te, não tenho outro recurso senão lembrar o cego de Jericó e rojar-me diante de tua bondade, a fim de pedir-te, em pranto: — Senhor que eu veja! (Lc 18:41)




Psicografia de Francisco C. Xavier