Quem vive no mundo de hoje, é comparável ao viajor que atravessa longa extensão de solo agressivo.
À frente cipoais de interesses inferiores impondo tropeços à marcha e, na retaguarda, conflitos bárbaros de viajantes outros procuram senhorear os recursos alheios na base da intromissão indébita.
Os conflitos acabam gerando sofrimentos, protestos, reclamações, ameaças, fadigas, falências e desastres, rebeldia e desespero…
É nesse clima de atritos constantes que o seguidor do Cristo é chamado a servir no plantio da paz e da libertação.
Certamente que estarão todos armados de fraternidade e paciência, compreensão e tolerância para a execução das tarefas que lhes dizem respeito. No entanto, sobretudo é preciso lembrar a cada um a coragem do Divino Mestre, que acima de tudo cultivava o amor e a verdade e que não se fez o Condutor dos Homens; não só pelo bem que fez, mas também pelo mal que deixou de fazer.
Uberaba, 8 de julho de 1987.
(Página recebida por Francisco Cândido Xavier)